Quais as consequências dos acidentes de trabalho para a família?
Um acidente de trabalho pode tirar ou limitar a vida de uma pessoa, afetando toda a família dela. O impacto emocional e financeiro inesperado é sempre de difícil superação.

As famílias de vítimas de acidentes graves de trabalho são surpreendidas com grandes mudanças na vida. O abalo emocional pela perda da pessoa amada ou pelos ferimentos e a redução na renda.

Quais as consequências dos acidentes de trabalho para a família

Nos últimos dez anos (2012-2021), o Brasil registrou 22.954 mortes por acidentes de trabalho no mercado formal.

O INSS concedeu 2,5 milhões de benefícios previdenciários por conta dos acidentes (auxílios-doença, aposentadorias por invalidez, pensões por morte e auxílios-acidente). Foram gastos mais de R$ 120 bilhões da Previdência Social.

Os dados são do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho e dão a medida do problema no país que é o quarto no ranking dos piores em segurança no trabalho, depois de China, EUA e Rússia.

Acidentes acontecem com quem está em plena capacidade produtiva, contribuindo ou até sendo o único responsável pelo sustento da casa. 

Várias situações de maior ou menor gravidade podem ocorrer.

  • Ferimento leve resolvido rapidamente com atendimento médico e sem necessidade de afastamento das atividades.
  • Casos que exigem o afastamento do trabalho para que a pessoa passe por tratamento e recupere a capacidade de desempenhar as atividades profissionais.
  • Incapacidade permanente por conta de sequelas do acidente.
  • Morte em razão do acidente de trabalho.

O impacto do acidente de trabalho para as famílias

O empregado que sofre o acidente é, obviamente, a maior vítima. 

É ele quem sente as dores, enfrenta o tratamento e muitas vezes não consegue se recuperar totalmente.

Ou tragicamente perde a vida.

Para cada situação a lei define uma conduta específica.

  • Quando a necessidade de afastamento do trabalho é por um período máximo de até 15 dias, o empregador deve pagar o salário integral normalmente.
  • Se o tratamento é mais longo, o trabalhador passa por perícia médica para conseguir o auxílio-doença acidentário pago pelo INSS. O valor corresponde a 91% do salário.
  • Quando retorna ao trabalho, o empregado tem estabilidade de emprego por 12 meses, um período garantido pela lei para que a pessoa tenha tempo para se readaptar.
  • Se o acidente compromete a capacidade laboral em qualquer atividade permanentemente, o trabalhador tem direito a se aposentar por invalidez.

Portanto, além de ter que lidar com grande sofrimento emocional por luto ou por ver a pessoa querida enfrentando problemas graves decorrentes do acidente, a família sofre com o impacto financeiro.

Como vimos, o auxílio-doença acidentário não corresponde ao valor integral do salário do trabalhador. Reduz a renda mensal em 9%.

Os gastos com farmácia aumentam, pode ser necessário também fazer terapia.

Muitas vezes, outra pessoa da família tem que cuidar do trabalhador acidentado e também não pode trabalhar, comprometendo ainda mais a renda.

Prioridade para a vida 

Ninguém escapa ileso das consequências de acidentes de trabalho graves.

Famílias podem ser destruídas. 

A empresa também perde muito. Em produtividade, reputação, pagamento de multas, indenizações e até processos criminais.

O Estado arca com pagamento de auxílios temporários ou aposentadorias precoces, gerando mais gastos para a Previdência Social.

Investir em segurança no trabalho é proteger a vida, um direito de todos.

Em suas palestras Vinicius Peralta mostra as consequências para a família de como os acidentes de trabalho afetam a vida de todos causando sequelas para o resto da vida. Conheça sua historia de vida.


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