Acidente de trânsito, acidente de trabalho, falta de atenção e ZERO comportamento seguro. Jane Peralta não respeitou as regras de segurança no trânsito e decidiu cruzar uma preferencial.
10 segundos para viver ou morrer. Esse foi o tempo que Jane Peralta tinha para ficar viva após um acidente de trânsito, de moto, quando voltava do trabalho. Seria possível não enfrentar a morte com tão pouco tempo? Mas o que foi que aconteceu nesse acidente?
Jane Peralta se sentia como uma força da natureza. Aos 13 anos, ela já assumira responsabilidades que muitos adultos hesitariam em assumir. Trabalhando na construtora do pai, desde 1980, ela encontrou liberdade e independência ao pilotar sua moto para trabalhar. Sendo isso um contraste gritante com a típica vida de uma adolescente.
Era 14 de maio de 1981, uma data que ficaria gravada na lembrança de Jane para sempre. O sol nasceu e o dia começou como qualquer outro, com a aceleração da moto, cortando o silêncio da manhã enquanto ela se dirigia ao trabalho. A ida foi bem diferente da volta. Aliás, ela voltou para casa?
Trabalhou normalmente como secretária naquele dia. Pegou sua bolsa de escola, colocou sobre a moto, fechou a porta, acelerou e foi embora. Chegou diante de um cruzamento que tinha uma placa de PARE. Era um aviso importante. Mas, confiante em sua habilidade de pilotar e na familiaridade com as ruas, tomou uma decisão. Foi a escolha mais importante de sua vida. Decidiu passar, cruzar direto.
Mas naquele dia, o destino interveio na forma de um carro que passava exatamente quando Jane cruzou a rua preferencial. O impacto foi inevitável.
O mundo de Jane virou de cabeça para baixo em um turbilhão de metal retorcido e dor lancinante. Muitos sairam de suas casas para ver o que havia acontecido. Ali, se viu imobilizada no chão, sua perna direita em um ângulo estranho e a moto a alguns metros de distância, bem amassada. Muito sangue estava escorrendo pela rua, porque Jane Peralta cortou o nervo, artéria, músculos e estava morrendo pela falta de sangue.
De repente surge um fusca. O motorista parou, pegou-a em seus braços e colocou no banco do carro. Foi uma jornada crucial entre a vida e a morte.
Ao chegar ao hospital o desespero tomou conta do jovem rapaz. Jane estava morrendo. Seu coração estava parando por falta de sangue e faltava 10 segundos para ir a óbito.
A levaram para a sala de cirurgia e imediatamente fizeram a transfusão de sangue.Os médicos fizeram o que puderam, costurando músculos e pele, mas o nervo danificado era além de suas habilidades de cura. Jane acordou para uma realidade onde o pé direito, que uma vez a levou a aventuras, agora se recusava a obedecer seus comandos.Ele nunca mais levantaria.
Os meses seguintes foram um borrão de hospitais, curativos, novas cirurgias e e uma luta constante contra a maré de desespero e tristeza que ameaçava engoli-la. Mas Jane era feita de material resistente. Ela se recusou a ser definida pelo acidente que tirou sua mobilidade.
Com o apoio de sua família e amigos, Jane começou a reconstruir sua vida. Ela passou a usar uma órtese na perna direita para não ficar mancando, uma vez que cortou o nervo que levanta o pé direito. Mas, seu espírito aventureiro permaneceu intacto. Ela se tornou uma voz ativa na sociedade, defendendo a segurança no trânsito e os direitos das pessoas com deficiência.
Anos mais tarde, Jane olharia para trás, para aquele dia fatídico, não com raiva ou tristeza, mas com muita reflexão. O acidente a havia forçado a tomar um caminho diferente, mas não menos significativo. Ela havia encontrado propósito na adversidade, e sua história inspirou inúmeros outros a encontrar força em suas próprias lutas.
Em sua palestra, narra esse acidente e como tudo aconteceu. Os erros que cometeu ao não obedecer as placas de sinalização, ao não ter idade, treinamento, habilitação para pilotar aos 13 anos, o excesso de autoconfiança, a não análise de risco e o zero comportamento seguro. Foram anos de fisioterapia, um corpo que precisou se adaptar a novas formas de andar, a problemas de coluna e uma vida inteira de sequelas permanentes.
Hoje o trânsito está ainda mais caótico. Como podemos adotar práticas seguras, ter atenção, sermos responsáveis e menos estressados ao irmos para o trabalho, voltar dele ou ser um usuário de trânsito rotineiro? Leve essa reflexão para sua empresa e fale do valor da vida.
Conteúdo da palestra
atua na área da segurança do trabalho desde 2006. É Assistente Social, Mestre em Educação, Terapeuta, sócia proprietária do Amputados Vencedores Palestras e Treinamentos Ltda e da SIPAT PALESTRA.
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